quarta-feira, julho 31, 2013

EPÍSTOLA AOS ROMANOS

  EPÍSTOLA AOS ROMANOS

Romanos é considerado pelos teólogos e estudiosos da Bíblia, como o maior tratado teológico do Novo Testamento. 
"Esta epístola é a parte principal do Novo Testamento, e o mais puro evangelho, que certamente merece a honra de um cristão não apenas conhecê-la de memória, palavra por palavra, mas de também dedicar-se a ela diariament, como alimento para a sua alma. Pois ela nunca será exaustivamente lida ou entendida. E quanto mais é ela estudada, tanto mais agradável se torna, e melhor parece." William Greathouse (Romanos - Hernandes Dias Lopes).
Aborda temas fundamentais da fé cristã, expondo-os de vários ângulos. Paulo, em Romanos, escreve sobre várias doutrinas bíblicas, como a Salvação, Justificação, Predestinação, Arrependimento, Pecado e muitas outras.
Autor: Apóstolo Paulo;
Data: aproximadamente 55 anos antes de Cristo;
Local: Corinto
Curiosidade: pelo fato de Paulo abordar praticamente os mesmos temas de sua epístola aos Gálatas, alguns vêem a epístola aos Romanos como uma exposição ampliada, mais refletida e serena da epístola aos Gálatas.
Aurélio Agostinho (354-430), Santo Agostinho, estava passando por um momento triste de sua vida por ter morrido sua mãe, e enquanto ainda levava uma vida dominada pelo pecado, sentou a chorar no jardim de seu amigo Alípio, ouviu uma criança dizer: "Tolle, lege! Tolle, lege! (Pega e lê! Pega e lê!), tomou o manuscrito de seu amigo que estava ao seu lado e seus olhos caíram no texto de Romanos, 13:13-14). Seus olhos foram imeditamente abertos, seu coração foi transformado e as sombras de suas dúvidas, dissipadas. Portanto, Romanos é parte viva da Palavra Viva de Deus e deve ser estudada com muita dedicação e reverência.
Contexto: Paulo antes de sua conversão, ainda se chamava Saulo, era um judeu, zeloso da Lei, da tribo de Benjamim, (Fp 3:5), agora escreve essa epístola, sendo que tinha também como objetivo, desfazer os entendimentos errôneos que os judeus convertidos do Judaísmo ao Cristianismo estavam tendo com relação a Lei e da Graça. Muitos ainda queriam viver debaixo da graça, mas obedecendo à lei, então, ele escreveu, esclarecendo que a graça liberta o homem de todo o mal e também do domínio da lei, Rm. 8:1,2. Aborda temas importantes como lei, santidade, salvação, festas, comidas, idolatria e sobretudo, sobre a abundante graça.

Capítulo 1

Neste capítulo, Paulo traz ensinamentos maravilhosos e profundos.

1 - Chamados - Deus tem um chamado para a humanidade e esse chamado é para SER e não para TER:
- 1:1 - chamado para SER apóstolo - no caso de Paulo para ser apóstolo, no caso de cada cristão, foi chamado para SER aquilo que Deus quer que seja, mesmo que não tenha nada;

- 1:6 - chamado para SER de Jesus - cada um de nós foi chamado para SER propriedade de Jesus. O SER de Jesus implica em muitos privilégios e benefícios, mas por outro lado, implica em muita responsabilidade, bem como reconhecer o Senhorio de Jesus. Se de fato somos de Jesus, significa que Ele é nosso dono, assim sendo, pode fazer de nós o que, como e quando quiser;

- 1:7 - chamado para ser santo - a palavra "santo" significa "separado", logo, fomos separados para servir ao Senhor, o que consequentemente deve nos levar a renunciarmos o nosso próprio "eu" e querermos viver a vida de Cristo.

2 - O Evangelho é a salvação - Evangelho significa Boas Novas, e Paulo afirma categoricamente não sente vergonha do Evangelho, pois ele é a salvação para todo aquele que crê, (1:16).

3 - Justiça pela Fé (1:17) - a justiça de Deus, que é o ato em que Ele cobra a dívida que tínhamos para com Ele, os nossos pecados, e essa cobrança é executada  na cruz, sobre a pessoa de Cristo, a fim de que, todo aquele que creia, ou seja, tenha fé no poder do sacrifício que foi realizado no calvário, alcance a justificação, o perdão de seus pecados. Cristo quando pregado na cruz estava carregando os pecados de toda a humanidade. Agora, como resposta a esse ato de Deus, o Pai e a entrega de Cristo na cruz, cada um deve, pela fé, aceitar a Cristo como seu Único e Suficiente Salvador.

4 - Todos os homens são indesculpáveis - ninguém poderá chegar diante trono de Cristo, no dia do juízo e alegar que não O aceitou como Salvador, porque não ouviu sobre Ele ou sobre o Pai. Isso não será possível, porque segundo os versículos 18 à 20 diz que o Criador, bem como seus atributos invisíveis  foram e são  pregados à humanidade de várias formas, por meio daquilo que foi criado.

5 - Reprovação de Deus (28-32) - aqueles que se entregam inconsequente e  irremediavelmente ao pecado, com o conhecimento de causa (1:28), podem ser entregues à uma disposição "reprovável", ou seja, uma disposição para o pecado de tal forma, que o resultado será uma imersão cada vez maior no pecado e na ruína - "um abismo chama outro abismo", Salmo 42:7.

Conclusão: primeiramente há a revelação do Único Deus em salvar uma humanidade perdida, em alcançar o pecador. Isso era impossível ao homem, pois suas obras eram e são más. Somente através do Evangelho, por meio da fé, isso se tornou possível. Em seguida, vem a resposta do homem, à esse chamado da salvação.

Capítulo 2

No capítulo 2, o apóstolo faz uma explanação na afirmação do capítulo 1:20: "Tais homens são, por isso, indesculpáveis." Coloca tanto os judeus, que na época eram os "detentores" da salvação, por obedecerem a Lei de Moisés e pelo fato de Jesus ter nascido entre os judeus, no mesmo pé de igualdade que os demais povos. Denominando os judeus de "os da circuncisão" e os demais povos de "incircincisos", a Palavra deixa claro que Deus não leva em conta aquilo que é feito externamente, mas sim, internamente. A circuncisão que era um cumprimento da lei, onde todo menino, recém-nacido, deveria ter a pele da glande de seu orgão sexual cortada, e por isso, quando crescia, achava que era mais merecedor que os demais homens incircuncisos. Na verdade, aquele ato de circuncisão, tido como sinal de obediência, foi reprovado pela Palavra, quando diz:

"Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus." Rm. 2:28-29

1 - contra a hipocrisia - Rm. 2:1 - o fato de conhecer a verdade e até falar desta verdade, não livra o homem do pecado e da condenação, ao contrário, torna-se um agravante;

2 - o juízo de Deus - Rm. 2:2,9 - vem sobre os que praticam o mal, independente de religião, ou raça,  quer seja judeu, grego ou qualquer outra raça;

3 - honra de Deus - Rm. 2:10 - Deus horará aqueles que praticarem o bem, também independente de religião ou raça.

os judeus se apegavam aos seus rituais e foram duramente criticados, primeiramente por Jeus, e depois por Paulo. Isso é muito importante observarmos, porque hoje é "moda" ser crente ou cristão. Muitas vezes nos apegamos ao nosso cristianismo nominal e esquecemos que Deus quer de nós uma vida de santidade, genuína e de fato. Por fazermos parte de alguma denominação evangélica e até sermos batizados nas águas, não nos faz herdeiros de Deus. Mas sim, termos nascidos de novo, do Espírito, isso sim é que nos aproxima de Deus. Não podemos usar o nosso denominacionalismo como desculpa para o pecado.

Conclusão: Deus busca adoradores, que o adorem em espírito e em Verdade, João 4:24.


Nenhum comentário: